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O dilema da venda parcial do Standard Bank Angola
Sep 5, 2024
A intervenção estatal no sector bancário pode distorcer os incentivos económicos e gerar ineficiências. Manter uma participação estatal, mesmo que minoritária, perpetua a possibilidade de influências políticas, o que pode resultar em decisões precárias do ponto de vista económico. A privatização total enviaria uma mensagem clara aos mercados de que Angola está comprometida com uma economia livre, onde a eficiência e a competição impulsionam o crescimento.
Em Julho de 2024, o governo angolano anunciou a privatização parcial do Standard Bank Angola, mantendo 15% de participação estatal após a venda de 34% através de uma oferta pública inicial (OPI). Essa decisão visa atrair investimentos privados enquanto preserva alguma influência estatal no sector bancário. No entanto, surge a questão: essa é a estratégia mais eficaz para um país que precisa urgentemente de crescimento económico e de demonstrar confiança aos investidores? Desde o confisco de 49% das acções do Standard Bank Angola em 2020, o governo enfrenta o desafio de gerir esse activo de forma eficaz. A decisão de privatizar apenas 34%, mantendo 15% sob controle estatal, parece buscar garantir algum controle sobre o banco, enquanto se beneficia da injecção de capital privado. No entanto, essa estratégia levanta dúvidas sobre a necessidade de o Estado continuar a manter uma participação num banco, especialmente considerando o histórico de problemas associados à gestão pública no sector bancário.
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